Na província de São Paulo, o mercado teve sua origem no século XVIII quando foram construídas as “casinhas” que vendiam produtos alimentícios não perecíveis como arroz, milho, farinha, carne-seca, entre outros. As quitandas, palavra de origem angolana, do quimbundo kitanda (feira), eram barracas onde se vendiam gêneros perecíveis, como legumes e frutas.
No final do século XIX, o vereador capitão Salvador de Oliveira Preto, com ideias desenvolvimentistas, planejou a criação de uma Casa de Mercado para substituir a feira semanal, a céu aberto, que era realizada no Largo da Quitanda Velha. O projeto definia a localização e o tamanho do prédio que deveria ser erguido na Rua da Vala, um caminho ermo que ligava a Rua de Baixo, centro comercial da época, à Estação da Estrada de Ferro.
O terreno não era bom. Alagadiço, precisou receber muitos aterros até a conclusão da obra, interrompidas várias vezes por falta de recursos. A construção do primeiro prédio foi iniciada em 1880, com paredes de taipa e somente concluída em 1906.

O governo municipal que sempre estivera instalado em imóveis alugados, pela primeira vez construía um grande edifício público. Considerada uma obra gigantesca para a época, ocupando o mesmo espaço do mercado atual, diferenciava-se, somente, pela parte central que era descoberta, formando um pátio. Não havia bancas abertas, apenas as pequenas “casinhas”, com porta e janela. Dentro delas, um modesto balcão e as mercadorias a serem vendidas, geralmente provenientes da zona rural da cidade. A construção do Mercado Municipal trouxe outro melhoramento viário que facilitaria o acesso à nova zona de compras: a abertura da Avenida Coronel Carlos Porto, antes apenas um beco.
Algumas décadas depois, em 1924, o prefeito Cel. João Ferraz, fez uma ampla reforma no edifício, revestindo-o de tijolos aparentes. O movimento tornara-se grande e em sua frente aglomeravam-se vários carrinhos de madeira que auxiliavam a freguesia no transporte de mercadorias.

No entanto, o prédio antigo não sobreviveria aos tempos modernos. Mal conservado, ele foi demolido em 1959, na gestão do prefeito João Vitor Lamanna. Durante o período que o mercado ficou desativado, as vendas voltaram para a antiga praça, local que passara a receber somente parques e circos. A feira foi apelidada de “Brasilinha”, decerto por causa da construção da nova Capital Federal. O novo mercado só foi inaugurado em 18 de agosto de 1962, no mandato do prefeito Antonio Nunes de Moraes Júnior.

Durante 50 anos, o prédio serviu a seus propósitos. Muitos produtos se tornaram tradições do lugar, como o bolinho caipira, o pastel, o caldo de cana e o sorvete americano, dentre outros. Entretanto, o tempo desgastou o prédio e suas instalações.
Após um longo processo de revitalização, tanto interna quanto externamente, o centro comercial mais tradicional da cidade foi entregue renovado no final de 2015.

Atualmente, o Mercado Municipal conta com 120 boxes distribuídos em 12 corredores internos. O movimento continua intenso, principalmente aos finais de semana, quando a população encontra, além da vasta gama de mercadorias, momentos de diversão e lazer.
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Comerciantes do Mercado Municipal

Jacareiense nascido em 1964, é pós-graduado em Negócios em Mídias Digitais, bacharel em Ciências Econômicas e Servidor do Judiciário Paulista. Ativo pesquisador da história da cidade, é autor do “Dicionário Ilustrado da Cidade”, criador do “Blog de Jacareí – Uma Viagem pelo Tempo” e do “Site de Jacareí – A Cidade em um Clique” além de administrador de grupos no Facebook como “Memórias de Jacarehy”, “Jacareí – Craques do Passado”, “Jacareí para o Mundo” e “Pelas Ruas de Jacarehy”, ferramentas virtuais de comunicação que permitem o aprendizado e o compartilhamento de histórias com seus mais de 60 mil seguidores.
Informações preciosas, parabéns!